sábado, 9 de outubro de 2010

Estranho

É estranho amar quando se é amigo. É estranho amar quando se tem algo a perder, mas na vida não é sempre assim? Não temos sempre algo em especial a perder em retorno natural de outro ainda especial? É estranho quando se é simplesmente especial.
É estranho amar quando se sabe que não será para sempre e as músicas que agora ouço na procura de ouvir a melodia de sua voz será amanhã ou depois de amanhã apenas sub-tons desafinados em minha memória.
É estranho quando se olha e não é visto, quando se acena, mas não é recebido, quando se over se out.
É estranho quando se a todo tempo pensa, todavia não raciocina. É normal quando não se dá pra pensar em não pensar.
É estranho quando se tem gosto na boca e nunca experimentou. É estranho quando se dá água na boca.
É estranho quando se ensaia contos e conta paródias sem risos.
É estranho quando se quer e não se fode.
É estranho quando os sábios se idiotizam em suas próprias teorias e convicções.
É estranho quando se tem inveja, ciúmes, raiva, ódio, ira e paixão.
É estranho quando se entende amando e entende que amar não se entende.
Estranho me sinto!

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