Todos nós lançamos dentro de uma Odisseia. Todos nós labutamos contra nós mesmos os nossos vazios e solidão. Depois de você o meu dia se tornou largo, onde me perco em mim nas ruas que conheço a anos. Te entreguei os risos que gargalhavam escondido em mim. Foi sexo e não amor.
Queria entender as sobreposições de tua pele em meu corpo e arrepio naquela hora em que você me jantava com apetite feroz. Não havia luz de velas na mesa para esclarecer o meu paladar virgem. E você tinha gosto do que ficou nas lembranças de minhas amígdalas. O nosso, nosso fogo era o combustível. O nosso calor era o nosso descobrir.
Nas primeiras duzentas e cinquenta páginas deste romance russo comprometido com o realismo poético o que vive foram esboços de ilusão ardente. Suprassumo de implosão filosóficas. Você foi caro pra mim. Um livro de referência o qual reconto a todo o momento a história em minha cabeça que vaga à sua procura. Não és o meu livro de cabeceira. És minha letras de cama em circunstância prosaica. Você prescinde a intimidade, as entranhas de meu órgão viril. Já há tempos deixou de ser algo que apenas sonho, mas um gosto que desorganiza minha linguagem e ensina a pronunciar espasmos e calafrios românticos. Foi apenas fogo e não calor.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Tal vez
se pa a gen te fi ca a gos tar de ta a to to do tem po sem ta
se im por tan do com o fa lar
de mui tos tais que ex por tam os ais de tais fa tais a mor
se pa ra te bei jar
eu te nho que me se pa rar de me ves tir
dos a ni mais que mais a mim tem o pu dor
se pa pei vo ce em mi nha cei a
eu vo mi tei a noi te in tei ra
em in di ges tao de tais favor
se pa eu te nho que te en con trar
tal vez a vez se ja o lu gar
de a lu gar um ou tro chao
e en tao go zar o meu pra zer
de ter vo ce e de me per der
se im por tan do com o fa lar
de mui tos tais que ex por tam os ais de tais fa tais a mor
se pa ra te bei jar
eu te nho que me se pa rar de me ves tir
dos a ni mais que mais a mim tem o pu dor
se pa pei vo ce em mi nha cei a
eu vo mi tei a noi te in tei ra
em in di ges tao de tais favor
se pa eu te nho que te en con trar
tal vez a vez se ja o lu gar
de a lu gar um ou tro chao
e en tao go zar o meu pra zer
de ter vo ce e de me per der
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Dica INsana: Roger Matos, Psicólogo
Numa conversa e outra ele foi inteligentemente desmitificando os meus mais internos dilemas e mostrando em mim a potência necessária para me entender, ler e escrever uma nova história.
Sei que muitos temem ou excluem do profissional de Psicologia a sobriedade da necessidade em nossas vidas nestes dias cotidianos, mas total discordo. E deixo minha Dica INsana para todos vocês, INsanos e INsanas... Roger Matos, meu fiel psicólogo. Para entender de amor, de identidades, perdas... para entender da vida! Para entender de mim e escrever e re-escrever minha história, aprendendo a lidar e conviver honesta e apaixonadamente comigo. Fica a #DicaINsana!
Outra vez sobre amor
No left e no right de minhas pequenas caixas de som ela canta sua dor, adocicada pela beleza de sua voz acordeada por notas suavemente tocadas num clássico piano de calda. Paradoxalmente suas notas de dor e amargura eram delicadamente esculpida naquelas teclas alvi-negras como estaca no peito do Drácula que sangra a fome de se hospedar em meu corpo. Havia dor eterna.
Não poderia ser outra a embalar os picos dramáticos da dor da saudade que ardia em meu peito. Eu não pedi para me apaixonar. Tampouco me dispus para desbravar o amor, mas ele salientemente chegou pra mim. Tua falta de educação e compostura me roubou o sossego de viver simples e inteiro pra mim. Risos, agora rabiscam em minha face, como criança sem controle motor desenhando seu sonho num papel com giz-de-cera. Não era eu inteiro sem a tua companhia que me preenche de sentimentalidades que como poeta da vida e amor, desconhecia. Você me apresenta à mim. Isto, quando amamos somos apresentados à nós mesmos, como se nunca tivéssemos nos visto no espelho. Há certas sentimentalidades que não se esboça na pele como maquiagem que defini nosso sexo e ousadia. Certas sentimentalidades apenas nos rompem quando pedras lançadas repentinamente nas ruas nos agridem e então, nos vemos estúpidos e tolos. Quem sou eu depois de você?
Tantas vezes falei de amor e paixão? Quantas vezes disse estar apaixonado ou amando? E quantas vezes amei? Quantas vezes você passou por mim? Não sei. Mas retorne à mim e me faça me sentir estranho e em casa outra vez. Você que me faz me sentir meu amor, você me ensina um amor por mim que desconheço, mas não temo. Me sinto herói. Me sinto gigante, homem!
Me lance no ar outra vez. Como pássaro liberto da gaiola quero voar, mas com você sei que pra ela tenho que voltar. Apenas por uma questão de proteção. Você me protege de meus próprios sentidos de desbravura. Me equilibra em selos que rompem virgindades e me revela outras cores além das que penumbram em meu armário cheiroso a mofo e inverno.
Notas agudas agora afinam em uníssono notas finas desta voz que conta minha alegria em tom de melancolia. Sou o único ser em amor neste mundo cheiro de amores declarados como um vazio bom dia. Sou eu quem outra vez queria ouvir você me falar com o gosto de cigarros e vodca de teu beijo tímido. Beija-me outra vez e desvele à nós dois do amor ou qualquer coisa parecida da qual como poeta não encontrei nome para chamar.
Não poderia ser outra a embalar os picos dramáticos da dor da saudade que ardia em meu peito. Eu não pedi para me apaixonar. Tampouco me dispus para desbravar o amor, mas ele salientemente chegou pra mim. Tua falta de educação e compostura me roubou o sossego de viver simples e inteiro pra mim. Risos, agora rabiscam em minha face, como criança sem controle motor desenhando seu sonho num papel com giz-de-cera. Não era eu inteiro sem a tua companhia que me preenche de sentimentalidades que como poeta da vida e amor, desconhecia. Você me apresenta à mim. Isto, quando amamos somos apresentados à nós mesmos, como se nunca tivéssemos nos visto no espelho. Há certas sentimentalidades que não se esboça na pele como maquiagem que defini nosso sexo e ousadia. Certas sentimentalidades apenas nos rompem quando pedras lançadas repentinamente nas ruas nos agridem e então, nos vemos estúpidos e tolos. Quem sou eu depois de você?
Tantas vezes falei de amor e paixão? Quantas vezes disse estar apaixonado ou amando? E quantas vezes amei? Quantas vezes você passou por mim? Não sei. Mas retorne à mim e me faça me sentir estranho e em casa outra vez. Você que me faz me sentir meu amor, você me ensina um amor por mim que desconheço, mas não temo. Me sinto herói. Me sinto gigante, homem!
Me lance no ar outra vez. Como pássaro liberto da gaiola quero voar, mas com você sei que pra ela tenho que voltar. Apenas por uma questão de proteção. Você me protege de meus próprios sentidos de desbravura. Me equilibra em selos que rompem virgindades e me revela outras cores além das que penumbram em meu armário cheiroso a mofo e inverno.
Notas agudas agora afinam em uníssono notas finas desta voz que conta minha alegria em tom de melancolia. Sou o único ser em amor neste mundo cheiro de amores declarados como um vazio bom dia. Sou eu quem outra vez queria ouvir você me falar com o gosto de cigarros e vodca de teu beijo tímido. Beija-me outra vez e desvele à nós dois do amor ou qualquer coisa parecida da qual como poeta não encontrei nome para chamar.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Uma esmeralda carnavalesca
Tolice é esta minha mania de tentar revelar todos os sentimentos ou experiências saboreados em combinações numéricas e ortográficas de caracteres de um netbook. Sou tolo, mas ainda sim, inteligente o suficiente para saber que nem tudo se racionaliza na vida como tinta e papel.
Que confusão me encontro em minha mente. Quantas palavras quero gritar e revelar aos quatro vento. Engraçado como encontro, sedento pelo mesmo bálsamo que a todos banho e acalento as feridas. Eu queria um colo, dois olhos e um ouvido, já que não posso ter novamente em meu corpo entrelaçado firmemente pelos meus braços finos e trêmulos, aquele corpo não muito robusto, mas quente, não mais seguro que eu, mas que em trocas de segredos entre olhares de esmeralda e negros rubis se despiam muito mais que das vestimentas seguras por nós de cadarços ou velcro. Eram pedras preciosas, virgens, intocadas, reservadas para o encontro suntuoso da insobriedade carnavalesca.
Ah, que vontade de sentir novamente aquele cheiro ímpar em minhas mãos. Que desejo de sentir aquele mesmo hálito macular meu gozo, meu suco, saliva. Que saudades de descobrir a mim em selinhos que descartavam cartas de prisões e alforriava-me de minhas próprias prisões e medos. Que saudades do momento que me senti mas homem que todos os outros da avenida. Saudades de me sentir homem e pleno.
Impressionante como somos adestrados a mentir sempre para nós mesmos. Somos criados para a ilusão e fuga, e eu apenas ansiava viver um único momento de alfa e em ômega encontrar o meu destino. Me perdi nas sensibilidades de minhas próprias alegrias. Eu gostei de me senti assim, menino. De me ver à beira de um rio de águas espessas e produtivas e descobri que sou peixe deste mar, deste lago, desta veia de sucos que assinam o meu bem. Mas era novamente incentivado a fugir de mim e silenciar os meus calafrios. Que ódio tenho deles! Me vi na saída de não sair e trançar meus risos em cipós de seringueira. Elas cuidariam de produzir borracha e apagar da memória de todos aquilo que descreveria a minha real mácula, o sonho de ser simplesmente, e livre, feliz!
Que confusão me encontro em minha mente. Quantas palavras quero gritar e revelar aos quatro vento. Engraçado como encontro, sedento pelo mesmo bálsamo que a todos banho e acalento as feridas. Eu queria um colo, dois olhos e um ouvido, já que não posso ter novamente em meu corpo entrelaçado firmemente pelos meus braços finos e trêmulos, aquele corpo não muito robusto, mas quente, não mais seguro que eu, mas que em trocas de segredos entre olhares de esmeralda e negros rubis se despiam muito mais que das vestimentas seguras por nós de cadarços ou velcro. Eram pedras preciosas, virgens, intocadas, reservadas para o encontro suntuoso da insobriedade carnavalesca.
Ah, que vontade de sentir novamente aquele cheiro ímpar em minhas mãos. Que desejo de sentir aquele mesmo hálito macular meu gozo, meu suco, saliva. Que saudades de descobrir a mim em selinhos que descartavam cartas de prisões e alforriava-me de minhas próprias prisões e medos. Que saudades do momento que me senti mas homem que todos os outros da avenida. Saudades de me sentir homem e pleno.
Impressionante como somos adestrados a mentir sempre para nós mesmos. Somos criados para a ilusão e fuga, e eu apenas ansiava viver um único momento de alfa e em ômega encontrar o meu destino. Me perdi nas sensibilidades de minhas próprias alegrias. Eu gostei de me senti assim, menino. De me ver à beira de um rio de águas espessas e produtivas e descobri que sou peixe deste mar, deste lago, desta veia de sucos que assinam o meu bem. Mas era novamente incentivado a fugir de mim e silenciar os meus calafrios. Que ódio tenho deles! Me vi na saída de não sair e trançar meus risos em cipós de seringueira. Elas cuidariam de produzir borracha e apagar da memória de todos aquilo que descreveria a minha real mácula, o sonho de ser simplesmente, e livre, feliz!
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Num Carnaval
Assim com roncos de trovoadas deus feriu o céu o soprou na terra confusão e temor entre os seus, ao ouvir rumores de profanações sobre o carnaval. Numa ira tamanha de um deus, permitiu uma lágrima digna rolar entre suas nuvens ao reconhecer que havia falhado em seus filhos o carinho da sensibilidade de apenas contemplar toda a sua criação. Toda!
Mas não é de choro que se faz uma festa e ele acabou logo de gargalhar e fez chover dos céus purpurinas e serpentinas que trançavam de colorido o imaginário de crianças grandes que trataram ágil de saírem de casa e permitir pelo menos por quatro dias uma alegria informe e carnal invadir seus polos e traduzir em homens que desengonçadamente desfilava de mulher e mulher soberana se imaginava homem. Deus é muito sacado, e já arquitetara, nem que fosse em apenas um por cento dos dias do ano, homem saberia a dor de ser mulher em saltos e maquiagens e vice-versa, e isto produziria amor, muito amor.
De fantasias que camuflavam as mentiras que nos contamos o ano todo se costurou a minha memória de lembranças e infâncias. Eu era atropelado por crianças que corriam e floriam as avenidas em blocos de concretos maleáveis de risos que construíam minha única sensação única de felicidade. Soltem as notas das marchinhas e me deixem caminhar ao som de ser feliz e cantar a sorte.
Chega até ser engraçado algumas lembranças que sambam em minha mente. Umas tem tom de secreto, de sigilo, mas os gostos ecoará em minha saliva como samba enredo decorado a ferro e fogo. Há outras tais que me calam, que me param, que me gozam!
Foram dias de festas, de crenças, de amigos e alguns outros tumultos que maquinavam paralisar festejar e eu vi corpos assinando encontros que não falavam deste mesmo amor ou atmosfera. Possuídos pela sobriedade impertinente à festas, arranharam a alegria de alguns, por alguns instantes. Amedrontaram a segurança de alguns, por alguns instantes. E por muitos instantes inglórios produziram em minha retina o desagrado de ver menina de poucos anos ser lançadas como pedra, melhor, lixo discrepante do rebanho. Sem contar a história do menino que na pele do rosto sentiu de ser ultrajado pela força de quem deveria produzir segurança e paz. O ao menos assegurá-la. Neste instante fiquei à me questionar: será que os anjos da guarda haviam tirado férias para descanso nestes dias. Pois quem guarda estava armado e calibrado pra espancar. Deus poderia ter lhes ensinado, em treinamento, que eram as pessoas o mais importante da festa. Aquela lembrança também me povoou, o riso que em minutos passado eu vira, eram fluxos de lágrimas tingidas de rubro, e não era de paixão de carnaval, mas de desencontros de festejos. Minutos se seguiram eme pus a cantar a alegria outra vez e contar coisas bonitas. Sambei, sambei, sambei e quem sambou do compasso foi a tristeza e o penar.
Ah, como era belo o Carnaval e suas contos de amor que desenhava infância a todos os cantos! Como era lindo ver todo mundo se apaixonar e aproximar da fantasia. Quando eu crescer, quero ser igualzinho a deus e quem sabe, eu não faça dos outros 361 dias do ano também Carnaval.
Mas não é de choro que se faz uma festa e ele acabou logo de gargalhar e fez chover dos céus purpurinas e serpentinas que trançavam de colorido o imaginário de crianças grandes que trataram ágil de saírem de casa e permitir pelo menos por quatro dias uma alegria informe e carnal invadir seus polos e traduzir em homens que desengonçadamente desfilava de mulher e mulher soberana se imaginava homem. Deus é muito sacado, e já arquitetara, nem que fosse em apenas um por cento dos dias do ano, homem saberia a dor de ser mulher em saltos e maquiagens e vice-versa, e isto produziria amor, muito amor.
De fantasias que camuflavam as mentiras que nos contamos o ano todo se costurou a minha memória de lembranças e infâncias. Eu era atropelado por crianças que corriam e floriam as avenidas em blocos de concretos maleáveis de risos que construíam minha única sensação única de felicidade. Soltem as notas das marchinhas e me deixem caminhar ao som de ser feliz e cantar a sorte.
Chega até ser engraçado algumas lembranças que sambam em minha mente. Umas tem tom de secreto, de sigilo, mas os gostos ecoará em minha saliva como samba enredo decorado a ferro e fogo. Há outras tais que me calam, que me param, que me gozam!
Foram dias de festas, de crenças, de amigos e alguns outros tumultos que maquinavam paralisar festejar e eu vi corpos assinando encontros que não falavam deste mesmo amor ou atmosfera. Possuídos pela sobriedade impertinente à festas, arranharam a alegria de alguns, por alguns instantes. Amedrontaram a segurança de alguns, por alguns instantes. E por muitos instantes inglórios produziram em minha retina o desagrado de ver menina de poucos anos ser lançadas como pedra, melhor, lixo discrepante do rebanho. Sem contar a história do menino que na pele do rosto sentiu de ser ultrajado pela força de quem deveria produzir segurança e paz. O ao menos assegurá-la. Neste instante fiquei à me questionar: será que os anjos da guarda haviam tirado férias para descanso nestes dias. Pois quem guarda estava armado e calibrado pra espancar. Deus poderia ter lhes ensinado, em treinamento, que eram as pessoas o mais importante da festa. Aquela lembrança também me povoou, o riso que em minutos passado eu vira, eram fluxos de lágrimas tingidas de rubro, e não era de paixão de carnaval, mas de desencontros de festejos. Minutos se seguiram eme pus a cantar a alegria outra vez e contar coisas bonitas. Sambei, sambei, sambei e quem sambou do compasso foi a tristeza e o penar.
Ah, como era belo o Carnaval e suas contos de amor que desenhava infância a todos os cantos! Como era lindo ver todo mundo se apaixonar e aproximar da fantasia. Quando eu crescer, quero ser igualzinho a deus e quem sabe, eu não faça dos outros 361 dias do ano também Carnaval.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Uma xícara de chá de cevada, um comprimido de calmante e uns palavrões
Eu sabia que ninguém poderia entender o cansaço de minhas permas que demarcaram incessantemente o lugar onde sua cabeça repousaria e o gosto daquela terceira saliva seria rememorado. Meu incômodos mediante a certeza do impossível vocacionava-me a uma cerco de Jericó. Mas de construção de muralhas de fez o meu peito desalinhado.
Era ainda domingo de carnaval e a lua no céu clareado pelo tímido sol minguava minhas fantasias e apunhalava o meu lobisomem com sua chuva de prata produzida pelo choro que não derramei.
Confesso, eu me sentia traído e usado. Sentia-me ingênuo e imbecil. Uma vara de ferro fina e maleável que não estruturara minhas emoções e eu achava ter tudo sobre controle. Estúpido!
Ah, aquele teu hálito. O teu braço que ainda encontrava aquecido pelo fogo daquele terceiro corpo agora me envolvia a nuca, mas eu não correspondia. Você poderia até aquecer o meu peito, mas o meu corpo não incendiaria mais sensações. E eu ainda tive de te ouvir reclamar os seus medo. Eu tenho o generoso dom por deus compartilhado de não receber amor por aqueles que em meu peito produzem brilho.
Eu tenho um oceano de vida para revelar em minhas palavras, mas quem ouviria este estúpido coração? Minto se disser que ninguém: uma xícara de chá de cevada, um comprimido de calmante e uns palavrões.
Era ainda domingo de carnaval e a lua no céu clareado pelo tímido sol minguava minhas fantasias e apunhalava o meu lobisomem com sua chuva de prata produzida pelo choro que não derramei.
Confesso, eu me sentia traído e usado. Sentia-me ingênuo e imbecil. Uma vara de ferro fina e maleável que não estruturara minhas emoções e eu achava ter tudo sobre controle. Estúpido!
Ah, aquele teu hálito. O teu braço que ainda encontrava aquecido pelo fogo daquele terceiro corpo agora me envolvia a nuca, mas eu não correspondia. Você poderia até aquecer o meu peito, mas o meu corpo não incendiaria mais sensações. E eu ainda tive de te ouvir reclamar os seus medo. Eu tenho o generoso dom por deus compartilhado de não receber amor por aqueles que em meu peito produzem brilho.
Eu tenho um oceano de vida para revelar em minhas palavras, mas quem ouviria este estúpido coração? Minto se disser que ninguém: uma xícara de chá de cevada, um comprimido de calmante e uns palavrões.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Conjutivite
Me confunde e retarda como se tivesse nas pontas dos dedos da mão direita o controle dos ponteiros de meu relógio biológico. Faz me sentir como uma estúpida criança que não sabe o não receber ou desprezar um punhado de balas de um desconhecido pelos jardins. Constrói no meu peito um montueiro de raiva e ódio próprio que rabisca os meus olhos de sangue quente chapiscado à areias finas que emboçam minhas pseudo-proteções. Sabia me ridicularizar em minhas idiotas emoções e sentimentos. Calava a minha visão. Secava o meu brilho. Mesclava meu preto ao branco e produzia cegueira. Queria ver produzir em mim um manancial de soro fresco e frio que pudesse acalmar meu oceano de irritabilidades, queria ver suas águas irrigarem rosas brancas que do chá eu bebia o repouso. Oh Santa Luzia, dê luz às escuridões que este amor imaturo e egoísta me produz. Seque a paixão em mim. Rache o terreno de meu coração e não faz produzir crianças sedentas de meu leite. Cale-me deste canto besta em ladainhas do amor, para que eu vejo a beleza que ainda pode haver ou surgir em mim.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Beijo gosto maça e limão
Eu sentia a minha cruel acusação maquinar me tirar o delírio nas assinaturas de meu mau humor, mas nem ela poderia tirar o cheiro de seus cabelos dourados que tatuavam em minhas mãos o perfume de seu banho e temperatura em ebulição. Eu sentia o seu ar escapar tímido e frio de tuas narinas, ouvia seus dentes sapatearem uns nos outros o que ele sabia que poderia em minutos acontecer. Não vou mentir, eu morria de medo, tinha medo de mim e da impetuosa coragem que misturas de maça e limão poderiam me assassinar. Entrelacei minha mão à sua através de nossos dedos que coreografavam inocência. Sentia seu suor, como se sua mão tão macia quanto o rosto de nosso querer revelassem-nos o suco que se produzia em sua boca e era que eu queria encontrar e permitir o meu rio inundar como água doce ao encontro do mar. Eu senti meus lábios encontrarem com os dele. Senti a maciez de onde saiam as palavras que eu maduramente sabia quem mentiam pra mim, mas era minhas mentiras que as concretizavam verdades. Seja homem, seja mulher, seja adulto ou criança, nunca me senti tão...
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Oração por Heitor Silva
Deus, é só olhar através de minha janela, que vejo nestes raios de sol que nos aquece em São Fidélis a soberania de teu poder e graça. Pai, você nos fez em cuidado e inteligência, de fato, nos sonda e conhece cada centímetro, milímetro e curva das células que nos cobre, como pele, que assinam tua sensibilidade artística.
Tua palavra, Senhor, fala de vida, fala de renovo, de ar, de sopro e por ela que anseio neste momento. Eu anseio ouvir você nos falar ao pé do ouvido e colocar aquele ingênuo e amigo menino de pé. Deus, foi você que desenhou o Heitor. Foi o Senhor que construiu o seu coração, não somente de músculos, mas de gentileza, doçura e amor!
Deus, a gente espera ouvir mais uma e muitas vezes o som de seu violão que acalmava os nossos corações, cantar sua alegria em melodias de romances e paixão. Queremos ouvir tua voz, como criança, agradecer à você e festejar sua cura. Deus, o Senhor, pode isto e tudo muito mais. O Senhor tem o dom da vida. Tuas palavras tem dom de vida eterna e paz. Canta pro Heitor desta vez, meu Paizinho! Canta uma melodia angelical com sua doce voz que me lembra o som de muitas águas, isto, você tem um oceano em tuas palavras, eu, apenas tenho o salgado rio de sinceras lágrimas em meu olhar, mas tenho fé, tenho graça, tenho você como Deus!
Hoje o meu coração se une a muitos outros corações, e estes se casam para bombear fé ao coração delicado do menino Heitor. Hoje nos unimos em família, em corpo, numa só voz. Fala através de nós, em nome de Jesus, o teu Filho.
Obrigado, Deus, pelo o que creio que fará por esta família, que hoje só por você pode esperar. Amém!
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Tempero agridoce
A única palavra que eu poderia dizer naquela hora era que eu o amava como sempre jurei amar os amores que outrora povoaram meu peito. Não era um amor em si diferente, era um amor como os outros. Quando se ama, ama e basta. Mas quando há paixão são as labaredas de fogo que semeiam as guerras, extinguindo a paz.
Eu ainda tinha o sabonete de teu corpo no meu paladar inocente. Tinha sua higiene nas minhas salivas, mas elas eram os únicos fluidos que o meu corpo produzia, o mais era apenas pautas corporais como coreografias contemporâneas. Eu já não o amava, ou apenas não havia mais faíscas em minhas coxas, peitos, umbigo abaixo.
Eu não entendo como um homem tão gracioso como ele poderia ser remunerado com poucas míseras carícias de terceira, mas também sabia em meu pré-consciente que era este o fato. A sua doçura e dedicação e sufocavam o espírito e desoxigenava meu carvão. Um amor é de degustação aprazível quando não é amargo, nem doce, mas delicadamente agridoce. Sem temperos de perfeição.
Eu sabia que os labirintos de seus ouvidos ansiavam por outro declarar de afetos, mas antes ouvir minhas verdades à ser surdo e ignorante. Eu vacilei?
Não queria maquiar meus verbos como os soutienes e bojos que coloco em meus adultos seios de nove primaveras para camuflar meus real despeito e medo. Pra muitos isto lê-se como inseguranças de mulher, mas pra mim se gritava como real realidade de plebeia.
Tive peito para soletrar meu saco cheio, mas não tive saco para carregar seu corpo em putrefação no peito.
Eu ainda tinha o sabonete de teu corpo no meu paladar inocente. Tinha sua higiene nas minhas salivas, mas elas eram os únicos fluidos que o meu corpo produzia, o mais era apenas pautas corporais como coreografias contemporâneas. Eu já não o amava, ou apenas não havia mais faíscas em minhas coxas, peitos, umbigo abaixo.
Eu não entendo como um homem tão gracioso como ele poderia ser remunerado com poucas míseras carícias de terceira, mas também sabia em meu pré-consciente que era este o fato. A sua doçura e dedicação e sufocavam o espírito e desoxigenava meu carvão. Um amor é de degustação aprazível quando não é amargo, nem doce, mas delicadamente agridoce. Sem temperos de perfeição.
Eu sabia que os labirintos de seus ouvidos ansiavam por outro declarar de afetos, mas antes ouvir minhas verdades à ser surdo e ignorante. Eu vacilei?
Não queria maquiar meus verbos como os soutienes e bojos que coloco em meus adultos seios de nove primaveras para camuflar meus real despeito e medo. Pra muitos isto lê-se como inseguranças de mulher, mas pra mim se gritava como real realidade de plebeia.
Tive peito para soletrar meu saco cheio, mas não tive saco para carregar seu corpo em putrefação no peito.
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