sábado, 21 de maio de 2011

O pescador Humaitá

Humaitá era nada mais que um pescador. Saía todas as manhãs de seu casebre em direção a grande lagoa no sacerdócio de coletar de seus seres viventes as emoções mais naturalistas em confronto com os dionisíacos singelos olhares.
Humaitá tinha não a incumbência de coletar sonhos, tinha a missão de fazer parar de sonhar e então tornar real o viver sonho que aos seres moviam a vida em inércia movimentada.
Naquela manhã de quinta Humaitá encontrou e encantou com a beleza de um novo ser que respirava desesperado, respirava aflito, ansioso e desajeitado. Sucumbiu com a beleza de uma linda pedra. Não era lapidada, mas já refletia brilho, o dia estava nublado, era dias de fim de maio, dias de frio e chuva, mas naquela pedra surgia brilho, força e calor. Um energia latente e ofegante. Energia bruta, viril, progenitora, era um pedro.
Humaitá festejava em gozos o ganho de todo um dia de trabalho. A pedra vinha para completar o conjunto de outras duas que ele encontrara, belezas que se mesclavam, somavam e discrepavam. Seria necessária a escolha de uma apenas e então a pedra seria encontros de construção, lapidada, moldada, esculpida, em malhação de propósitos, metas, sonhos na responsabilidade de sua revelação. A pedra seria flor, seria jardim um dia e foi Humaitá que a pescou, quem nela viu beleza, bruta, crua, mas nua à quem fosse sensível e simples. O pedro seria ramo à suspirar perfumes delicados e novos, seria gozo!

4 comentários:

  1. Achei o texto engraçado, de uma perplexidade clara. Interpretei como o nascimento de uma criança.

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  2. Com liberdade declaro minha interpretaçao... rs! Talvez o amadurecimento de uma criança e nascimento de um homem com a essencia desta mesma criança... Amo te ter por aki!!!

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