te construí como um ideal
entre acolhimento nos silêncios
te reconheci feito meu mal
carências subscritas por extenso
e era curto demais o permanecer
te perdoei as fugas
as mesmas que criava para se achegar a mim
um labirinto fiz das ruas
as mesmas que desbravava na busca do sim
e era duro demais o anoitecer
eu tramei o teu cheiro nas fronhas de casa
chapisquei tuas confidências nas paredes
corrompendo tratados na espera pus asas
solei nosso pas de deux em redes
e era puro demais o pertencer
a casa ruiu
o rio de tanto chorar sorriu
pelo bem de nós a solidão se achegou
amar é rio que o passado costurou
é na escolha por nós
que encontramos voz
para de nossas ilusões
nos despedirmos
e quem sabe fazer as pazes
com o silêncio que reprimimos
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