segunda-feira, 3 de novembro de 2025

QUANDO NÃO SOLAR

talvez minhas palavras sejam desculpas
talvez as culpas que acumulei
me tornearam ao cúmulo 
da auto violência 

os etílicos que hidratam minha carência 
definham a paciência do esperar
a graça vir

desgraçado é o primeiro canto do amanhecer
perpetuado postumamente 
no melhor que deveria eu
guardar pra mim
feito último pedaço de quindim

cultivei a esperança 
moribunda esperança 
da qual definhei o esperar 

se pode fugir do sol
nunca do acordar