se fosse hoje
o meu último dia em São Fidélis
eu amanheceria de novo
com meus olhos molhados
e prometeria que uma vez mais viria te ver
correria desesperado pela ponte
tatuando no rosto o vento quente do Paraíba
eu acenaria para toda gente
e faria juras que logo voltaria
se fosse hoje
meu último dia em São Fidélis
eu adoçaria minhas palavras nos quindins
invejaria os casadinhos
observando-os na pracinha dos namorados
ou a moça de seio perfeito
deitada no caminho para Angelim
oh, linda é essa poesia
tem sabor de chocolate
solar como os quindins
dourado, prateado, rubro, negra
e destila boas rimas
na pureza de um amor coroado
é de Vicente, de Paula, Ronaldo
é de Maria, de Antônio, Roberto
é de meu peito aberto
se fosse o meu último dia aqui
eu levantaria bem cedo
e de frente para São Fidélis rogaria
que fosse amanhã hoje outra vez
ah, São Fidélis
quando estiver eu com meu corpo cansado
receba em teu terra
me acolha, me abraça, me aqueça
para que possa eu germinar, brotar, crescer
e outra vez florescer POEMA
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