segunda-feira, 27 de abril de 2015

De roupa e sem -em-amor-

Eu investi os meus últimos sais 
para te convencer de parar nossa guerra e
então ouvir a rouca e tímida voz 
que se cansava à nossa espera
era um som que ruía do coração
- ex nosso- 
fuzilado por "foi tua culpa"
tentava outra emoção
-dis-posto-
engalfinhado entre suas multas
acalentado por tuas suas queixas 
quem ama não desleixa
se deixa correr pelos fluxos dos rios
quem ama se goza sem transas
se trança em lençóis
se doa
mesmo que doa
os amores se sepultam
porém os amores não morrem
quem morreu
fui eu
eu fui
e não soube voltar
tampouco subi ao céu
vivi a cultuar tua presença
ausente
e presente
em mim
que sem roupa limpa e clara
se sepulta em si
-em-amor-

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