quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Cedo

Corri
Dancei outras lutas
Despi o corpo das cascas das feridas antigas
Atingi as veias que tramavam meus ais
Cansei de pensar demais 
E dispensei as rimas 
Deixo a sina me conduzir
Nesse poema que escrevi pra você
Você que se vê feito num espelho
Nesses versos que não versam
Queria amar
Queria experimentar as dores
E o medo de medo ter me conduziu
Cedo
Desisti de você

Procuro
No escuro
e encontro você
Me cubro
Vergonha de me perceber
Tentativas rudes esboçaram as rimas
Que dedilharam a vida que não queria ter

Canta pra mim
Deixa eu ouvir tua voz
Me acalma
Remova dos poros os algoz
As minhas palavras aprenderam 
Revelar o que escondi de você
Eu nunca disse 
Embora não visse
Te amei
Num instinto de ser medo
No destino de ter amar

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