A noite estava fria
era canção e poesia
na rua não havia mais ninguém
nenhuma alma viva denunciaria minha fome
tampouco testemunharia meus rugidos
os cômodos estavam vazios, frios
mas as irradiações de calor inflamavam as paredes
sabíamos o que queríamos
e queríamos muito mais que querer
queríamos ser
e deixar ser revelados
corpos nus
e o contorno de teu labirinto desmitificado
boca hidratada por um apetite
que desenhava as marcações d cena que acenava pra nós
timidamente éramos dois
pele coberta de suor
temperada pelo agridoce produzido pela transa de fluidos
nossos fluidos
meu e teu
teu e todas as vezes que neguei sede não ter
Como minto pra mim!
é, isso só aguça o desespero de dedilhar as bordas de teu umbigo
e corroer as fibras do cordão que te orienta
escalo tuas seis montanhas feito criança que engatinha
e agito o pico de teu peito
eles acordam menores vulcões
outrora adormecidos
e agora acalentados por minhas unhas
essas escavam a tua pele
preparando o solo onde semearei meu rio
ele vai invadir o teu corpo e hidratar o teu prazer
selará a semeadura de nossas excitação
e será uma
e outras vezes
até que a rua acorde com os gemidos teus e meus
que traduzem a língua que só as línguas sabem dizer
é esse idioma que vou cantar pra você
destemido vou assinar a obra de escalar-te
fincarei minha bandeira em teu pico mais alto
e nela tatuarei a liberdade
de ser teu e ser de ninguém
e não ser vazio
mas preenchido de satisfação
encontros, histórias
de gozo doce
de rio espesso
de gargalhar agora ofegante, calmo, tímido
exorcizados pelo tremer e tentar
sacramentado pelo salgado suor.
Dentre tantas outras coisas que encenei
não estava falando de poesias
estava transando você
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Isso não é poesia
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Valdemy Braga
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Cedo
Corri
Dancei outras lutas
Despi o corpo das cascas das feridas antigas
Atingi as veias que tramavam meus ais
Cansei de pensar demais
E dispensei as rimas
Deixo a sina me conduzir
Nesse poema que escrevi pra você
Você que se vê feito num espelho
Nesses versos que não versam
Queria amar
Queria experimentar as dores
E o medo de medo ter me conduziu
Cedo
Desisti de você
Procuro
No escuro
e encontro você
Me cubro
Vergonha de me perceber
Tentativas rudes esboçaram as rimas
Que dedilharam a vida que não queria ter
Canta pra mim
Deixa eu ouvir tua voz
Me acalma
Remova dos poros os algoz
As minhas palavras aprenderam
Revelar o que escondi de você
Eu nunca disse
Embora não visse
Te amei
Num instinto de ser medo
No destino de ter amar
Dancei outras lutas
Despi o corpo das cascas das feridas antigas
Atingi as veias que tramavam meus ais
Cansei de pensar demais
E dispensei as rimas
Deixo a sina me conduzir
Nesse poema que escrevi pra você
Você que se vê feito num espelho
Nesses versos que não versam
Queria amar
Queria experimentar as dores
E o medo de medo ter me conduziu
Cedo
Desisti de você
Procuro
No escuro
e encontro você
Me cubro
Vergonha de me perceber
Tentativas rudes esboçaram as rimas
Que dedilharam a vida que não queria ter
Canta pra mim
Deixa eu ouvir tua voz
Me acalma
Remova dos poros os algoz
As minhas palavras aprenderam
Revelar o que escondi de você
Eu nunca disse
Embora não visse
Te amei
Num instinto de ser medo
No destino de ter amar
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Pai
Abro os meus braços
Embora cansado dos calos das ruas
Deixo aquela antiga nuvem dos olhos
Lavar o meu riso
Ela cavaca meu rosto, já não infantil
Entre as marcas do que ri e chorei
Arrasta os lixos que as dores deixou
Tatua a gola de minha camisa marrom
Das histórias que queria ter te contado
Entre as escrituras deixadas no piso de casa
E veias sangradas nas paredes
Sinto o teu cheiro percorrer entre os cômodos
Na tevê arranha o som do futebol
Mas sem o incômodo de ontem
Aceito o jornal
Adoro os deus em singularidades
Leio o teu livro
Até juro reviver-te em mim
A cozinha se perfuma da água doce do café fraco
Os cães ladram em cirandas
As plantas florescem
O riso retorna
Refaço as pazes com o tempo
E com o tempo
Ele me canta qualquer conto que fale de paz
Enquanto varro de casa a tristeza
E eu vejo você
E você, sem ser senhor, sorri
Eu, criança, corro
Pulo
E te revelo desenho rabiscado que pintei
E você, sem ser senhor, sorri
Eu, criança, durmo
Sonho
O sonho que farei de teu sorriso um abrigo
Pois as noites ficaram frias
Quem congelam a alma
E a chuva não cai
É, eu preciso de um...
Embora cansado dos calos das ruas
Deixo aquela antiga nuvem dos olhos
Lavar o meu riso
Ela cavaca meu rosto, já não infantil
Entre as marcas do que ri e chorei
Arrasta os lixos que as dores deixou
Tatua a gola de minha camisa marrom
Das histórias que queria ter te contado
Entre as escrituras deixadas no piso de casa
E veias sangradas nas paredes
Sinto o teu cheiro percorrer entre os cômodos
Na tevê arranha o som do futebol
Mas sem o incômodo de ontem
Aceito o jornal
Adoro os deus em singularidades
Leio o teu livro
Até juro reviver-te em mim
A cozinha se perfuma da água doce do café fraco
Os cães ladram em cirandas
As plantas florescem
O riso retorna
Refaço as pazes com o tempo
E com o tempo
Ele me canta qualquer conto que fale de paz
Enquanto varro de casa a tristeza
E eu vejo você
E você, sem ser senhor, sorri
Eu, criança, corro
Pulo
E te revelo desenho rabiscado que pintei
E você, sem ser senhor, sorri
Eu, criança, durmo
Sonho
O sonho que farei de teu sorriso um abrigo
Pois as noites ficaram frias
Quem congelam a alma
E a chuva não cai
É, eu preciso de um...
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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015
Love is word
I was talking to the butterfly
that sat down in my bed today
I don´t know if it could
or not
understand one of my flights
anyway
I let my breath tell about my heavens
I set up my rules
hunt for prey
raven
that´s not because you are
but who you have been
you´re here and you´re far
´cause they told about sin
are they be able to drink me?
are they ready to taste my blood?
No
that´s the real answer
they talk about the King
but they do not know Him
they just kill to wash their mind
they just kill to cash their bind
are they be able to sink me?
are they ready to fast?
Me!?
I will be
I will be
I´ll be back
Don´t be sad
Love is word
Words are mad
that sat down in my bed today
I don´t know if it could
or not
understand one of my flights
anyway
I let my breath tell about my heavens
I set up my rules
hunt for prey
raven
that´s not because you are
but who you have been
you´re here and you´re far
´cause they told about sin
are they be able to drink me?
are they ready to taste my blood?
No
that´s the real answer
they talk about the King
but they do not know Him
they just kill to wash their mind
they just kill to cash their bind
are they be able to sink me?
are they ready to fast?
Me!?
I will be
I will be
I´ll be back
Don´t be sad
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
Ser capital
E ser servido de qualquer amor
Amortizando a fome de minhas veias
Esse transporte público da luxúria de minha paixão
Ser desprezado pelos fluxos da cabeça
E havia intenção a beça pra pecar
Sucumbir aos suspiros da carne
Por invejar as encruzilhadas sem destino que ela se é
E desbota o seu cheiro ao transar seu sangue
Seria um pecado viver sem ver esse amor
Seria pecado não amar
Mesmo no ódio de ser escravo de seu não
E poderia haver sim
Momentos cobiçados pelo compasso do natural
Desumano seria oferecer a face à ira da santidade
Vigiai e sedes sóbrios
São Pedro
Ciente do suor que entope seus poros
Pelo amor de Deus, embriague-se de si
Sê humano e revelar no mau hálito de sua manhã suas manhas
Concentrando no umbigo o gozo do vazio
No cansaço e preguiça de perder você
E ser capital
O investimento principal de sua vida
O lucro do preço é tempo de teu prazer
Ser inteiro
Interno
Num sacrificado sacrilégio de respirar
Externo
Ser inteiro
Amor
Amém
Amortizando a fome de minhas veias
Esse transporte público da luxúria de minha paixão
Ser desprezado pelos fluxos da cabeça
E havia intenção a beça pra pecar
Sucumbir aos suspiros da carne
Por invejar as encruzilhadas sem destino que ela se é
E desbota o seu cheiro ao transar seu sangue
Seria um pecado viver sem ver esse amor
Seria pecado não amar
Mesmo no ódio de ser escravo de seu não
E poderia haver sim
Momentos cobiçados pelo compasso do natural
Desumano seria oferecer a face à ira da santidade
Vigiai e sedes sóbrios
São Pedro
Ciente do suor que entope seus poros
Pelo amor de Deus, embriague-se de si
Sê humano e revelar no mau hálito de sua manhã suas manhas
Concentrando no umbigo o gozo do vazio
No cansaço e preguiça de perder você
E ser capital
O investimento principal de sua vida
O lucro do preço é tempo de teu prazer
Ser inteiro
Interno
Num sacrificado sacrilégio de respirar
Externo
Ser inteiro
Amor
Amém
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sábado, 7 de fevereiro de 2015
Ruas
Quando cheguei foi sol
Foi chuva
As tetas das árvores salivavam
As bocas dos paralelepípedos me chamavam
Elas gritariam amanhã meus toques em suas peles
Anunciariam ao clitóris da esquina que seu amo chegou
Chegou aquele que ama a noite
A rua
Os ermos
Chegou aquele que nunca vem
Porque nunca se vai
Se penetra
Adentra
Se com vida é
Foi chuva
As tetas das árvores salivavam
As bocas dos paralelepípedos me chamavam
Elas gritariam amanhã meus toques em suas peles
Anunciariam ao clitóris da esquina que seu amo chegou
Chegou aquele que ama a noite
A rua
Os ermos
Chegou aquele que nunca vem
Porque nunca se vai
Se penetra
Adentra
Se com vida é
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Verão em invernos
Quando passou a cor do outono
Eu deixei de vestir o coração que me deu
O descansei com respeito no nosso guarda-roupa
Troquei os tons avermelhados das folhas
Pelos acinzentados vestidos da última estação
Não era porque você deixara de ser canção
Simplesmente deixei de dançar aquele tango
Minhas pernas estavam cansadas do mesmo 1,2,3
E meus dedões calejados do conhecido peso de teu pisar
Meu corpo ansiava por coreografia nova
Meus cabelos necessitavam de outros ventos
Outros bagunçar
Entende?
Sim, você sempre entende
E eu só queria ser confundida
Fundida entre ideias incongruentes
Fodida em verões constantes em meu equador
Você nunca encontrou,
Mas em meu equador represava um rio
Que quase secou na ausência de tua penetração
Não se desculpe, ex-amor meu
Não se turbe
E fique com a paz que me ofereceste
Troque teu luto
Pelo branco-pastel que lhe cai bem
Circule tua ciranda
E quando partires desocupe do meu guarda-roupa
A parte que não lhe pedi
Ainda sim,
Obrigada
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Leva eu
O meu corpo chamou pelo teu
Mas teu toque era frio
Tuas mãos seguiram meu som
Houve asco, calafrios
É estranho encontrar o amor
Tons agora desconhecidos
Fui o teu corpo ardendo em calor
Hoje corpo apodrecido
Leva eu
Entrega eu pro ontem
Lava eu
Enterra eu no ontem
Leva eu
Oh, leva eu
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Nuas, frias e secas
Me despedi
Despi das eternidades ditas
Pedi reembolso das despesas do mês passado
E sai com o rabo entre as pernas
Feito cão abandonado caminhei pelas ruas
Nuas
Frias
Secas
Encharcadas estavam apenas minhas meninas
Até os olhares que elas gritavam eram rachados
Suas palavras desenhavam os ecos de minha cabeça
Elipses infantil de tumultuadas dores
Secas
Nuas
Frias
Quentes estavam apenas a tatuagem que estampou em meu rosto
Até o riso que ensaiava ironicamente era gelado
Por me amar, se tornou cópia de meu amar
Carimbos de protestantismo afetivo em tintas azul e vermelha
Frias
Secas
Nuas
Cobertas estavam apenas as lágrimas que derramei depois
Depois que me despedi da prisão por amar
Sem reembolsado ser do coração que entreguei
terça-feira, 3 de fevereiro de 2015
Em meio tom
É breve
Tão leve como a maré
Disfarça entre as vogais
Suas mãos de veludo
E desbota as cores dos lençóis
É o riso no luto
Melancólica sinfonia
Agressões escondidas entre notas
Foram desafinados desatinos
Gritos agudos calados
E que calejou
É breve
Tanto deve quanto o ré
Disfarça entre os cais
Suas mãos de intruso
E sabota as dores dos bemóis
É o friso do reduto
Melancólica companhia
Agressões reveladas entre cotas
Foram mal finados destinos
Gritos graves falados
E que falhou
Tão leve como a maré
Disfarça entre as vogais
Suas mãos de veludo
E desbota as cores dos lençóis
É o riso no luto
Melancólica sinfonia
Agressões escondidas entre notas
Foram desafinados desatinos
Gritos agudos calados
E que calejou
É breve
Tanto deve quanto o ré
Disfarça entre os cais
Suas mãos de intruso
E sabota as dores dos bemóis
É o friso do reduto
Melancólica companhia
Agressões reveladas entre cotas
Foram mal finados destinos
Gritos graves falados
E que falhou
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Amores sem fundos
Disse "obrigado, abraço" e um riso escrito em "rs"
No interior era tomado pela razão de que isso não se agradecia
Filia-se entre os nós que faleciam
Que não descansa em paz
E se cansa de paixões
Como um câncer
E era de touro com os pés no chão
Quando o amor fali e resta a educação o corpo inflama
Outrora inflamado por desejos
Agora congelado por despeitos
Antes houvesse pavor, dor e descontentamento
Quando os íntimos se distraem o que resta é vazio
E nele se atraca o meu âmago
Amargo ele se refaz em manhas
Todas as manhãs se desfaz das lingeries mal-dormidas
E se alimenta dos mal-comidos banquetes
Pus a banca e não banquei o meu peito
Assinei cheques de amores sem fundo
Fundi-me em banho-maria
Banhado de ira me fudi em copo sem fundo
Creditei o cu como garantia
Acreditei que haveria refluxos
Por Crer, ditei luxos contínuos
E leiloei a mim
Quando o estômago do amor se satisfaz, o que resta é o arroto
E nesse som não reconheci meu nome
Por fim a conta paguei
Sem me dar conta de que já houvera sido contada essa estória
Sem me dar contra a parede
Nem entre as coxas
Ele disse: pare de encontrar
Desencontre e entre
Eu parei
E ele foi
Parando foi
Educadamente
Educa mente a parede
Sem me dar conta de mim
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