quarta-feira, 27 de março de 2013

Amor em um copo de cachaça


Sou homem que mente pra sua mente
Fantasias colorem as prisões
Contorno os lábios com risos incongruentes
Disfarço o amor com meras paixões
Sou insano
Sou animal em sanidades humanas

Sou do tipo que conta alegrias pro mundo
E nunca conta o conto suficiente
Engano o próprio medo com sino profundo
Insisto provar um amor inteligente
Sou insano
Sou animal em sanidades profanas

terça-feira, 26 de março de 2013

A Rio de Janeiro's guy

I’m gonna love me
And send me some flowers
Walk around your neighborhood
And remember how was our life
I’m gonna put a cross in your place on the bed
Sleeping with God, I won’t be sad
Superman you lost your strength
Someday you made me fine
Now you’re just a fuck buddy
My tears became dry, as your heart
Nowaday my tongue is lying
‘cause the poisons of your spittle are in my mouth
You had better go to hell
Just to get your heart burning
Your icy heart burned mine
Now it smells bad
So, now that’s my turn
I gonna eat your eyes tempered by your contempt
Then, now it’s your time
I will kill you in my walking
I gonna get your life in the cemitery you made in me
Superman you lost your power's seduction
someday you made me cry
Now you're just a Rio de Janeiro's guy

segunda-feira, 25 de março de 2013

Ex-amor

Ex-amor é amor que foi amor e hoje é outro tipo de amor
mesmo que não sendo o mesmo, é ódio, raiva, tesão
ou ainda tensões que se estabelecem ao encontro 
do que sempre se encontrou desencontrado
beijos desencaixados
caixas de surpresas nunca abertas
desejos, apenas de sejos
e nunca de é
ou foi

Ex-amor é amor que foi amor e amanhã não será amor
mesmo que não sendo o mesmo, será gargalhadas e risos
ou ainda intensões que se estabelecem ao por acaso
do que nunca se casou acasalado
beijos distraídos
tração, apenas dos traídos
e nunca de nós
ou nós



Um porrete e umas palavras


não me fales palavras educadas, tampouco desvie teus olhares
eu sei dos empecilhos que delineiam a nossa pseudo-amizade
somos brothers  sem ser amigos
somos corpos sem ser carne
somos tudo o que nunca imaginamos que poderíamos ser
desencontro vocálicos
monossílabos atônicos 
impossibilidades possíveis
e isto acontece em toda boa família
mas nem toda família é má

domingo, 17 de março de 2013

Meio feliz. Meio triste. Total me

Entre. Apague a luz e deite-se ao meu lado. Silêncio.
Entre o apagar dos lados silencio meu levantar. Luz.
Escuridão que grita minhas dores.
Todas lateralidades da pele desperta em teu toque.
Me toquei de que nunca fui acariciado. 
Descobri que também houvera nascido pro lado a lado.
E ando sozinho. Bêbado de mim. Sóbrio de minha emoção.
O vazio preenche meus labirintos.
Tristezas preenchem minha solidão.
Preenchimentos tristes solidificam o meu nome.
Mas todos me chamam de alegria.
Ou se alegram das chamas que me de todo contrariedade.
Não sou feliz.Ou sou?
Sou o ou. Sempre a outra alternativa.
Psiu. Não fales. Silêncio.
No fundo eu entendo. E no intento me afundo.
Boa noite. Durma bem.

Eu já pensei em me suicidar

"Conversando com um grande amigo ficamos a pensar sobre vida e morte... E nos perguntando: Qual o nosso medo maior, vida ou morte?"


Eu já pensei em me suicidar. E ponto final.
Mas foram reticências.
O medo pela vida me teceu o temor da morte. 
A vida que corria em mim, corria o risco de minha fraqueza. Senti que fosse morrer nas mãos deste fantasma que calava meu sonho, sufocava a minha respiração. Eu gritei.
Ninguém ouviu. Ninguém ouve. Apenas eu.
Parecia que ele me mataria através de minhas mãos.
Mesmo sozinhos somos unidos pela mesma lembrança. Medo. Ou covardia.
Corro para a varanda e não tomo ar. Tomo o egoísmo de solucionar a minha questão. Questão de vida. Resposta de morte.
Temo ser estranho, maluco. Alguém já se sentiu assim?
Sou perseguido pela companhia deste alguém que domina minha cabeça. E eu o desconheço. Mas habita em mim. Preenche os vazios que me constitui vazio.
Fujo da varanda e encaro o espelho. Olho pra mim. Não me vejo.
Encontro-me com um bicho nos fundos do quartos dos fundos. Íris. 
Eu não sou deste corpo. Não constituo esta matéria.
Eu reprovei.
Reprovei no curso da vida e discurso filosofias que me enganam. 
Tentativas de permanecer de joelhos. 
Súplicas por conformidades. Vacilo!
Eu sofro por saudades da época em que sonhava.
Sofro por falta das sobras, das divisões, matemáticas afetivas.
Sofro por que tudo acabou e eu não percebi.
Sofro e percebo o sofrimento. Ele é árduo pra mim.
Eu já pensei em exclamações, mas sou pontuado em pingo negro e solipsista.
Eu já pensei em morte, mas temo depois dela ainda encontrar vida.

sábado, 16 de março de 2013

Eu contei pra Deus. Ele chorou.

Quarto vazio. Cama quente. Coração transbordando. Palavras frias. Chove!
Nas gotas destas lágrimas de São Pedro procuro tua face.
Não encontro.
Mas ao ferir a face do chão elas gritam o teu nome.
Lanço-me ao chão. É o lugar que o teu amor me faz estar.
E eu amo. Mesmo sem experimentar amar.
O mundo ao meu redor perfura minha paz com metralhadas de razão.
Mas já a perdi. Loucamente me disponho a ti e ponho meu coração na mão do vento. O vento sempre é, por natureza, leviano, mesquinho, menino. Mas me leva.
Eu construí-me a mim. Apenas para hospedar suas sanguessugas.
Elas rejeitaram o meu sangue. Cuspiram minha vida como se fosse eu insípido.
Eu estava temperado de amor.
Agora entendi o porque do amor não encher barriga.
Emagreço.
Esguio.
Rolo na cama esperando a chuva passar. Anseio pelo sol.
Ele não vem.
Você não vem.
Paro. Continuo. Quarto vazio. Cheio da presença de tua ausência.
Me deito. Cama quente. Aquecida do fogo de meu cu.
Limpo a boca. Coração transbordando de falências.
Silencio. Palavras frias. Aquecidas por tuas promessas.
Chove. Deus não suportou tamanha emoção.
E continua a chover.
  

sexta-feira, 15 de março de 2013

Dias que acordo COM fuso

Eu conFUSO confisco o ciso
Pois COM fuso eu nunca fico
Repico
à minha mente
E uso drops de menta
Que tormenta
EnTORpece
Em torNO de mim
Ti
Menti
MEN
mão
Sim, tiMÃO
Peço a pe-ça e apreSSo pelo apreÇo 
Sem preço
Não me  importa a PORTA
me IMPORTA a entrada, seja lá de onde for
se eu for
Eu fui
Desde que dez de tu
desconstruaM encontros que desentorta-ME
Em contos de réis que FALAM das vozes que
de vez em quando me caLAM devés
IMATURO
duro e mole
bole e enrole-le-le tauRINO
Tal Rino
Rindo de mim
Atordoado
a todo LADO de cá
bê versos A sem ver
sem VERso
CEM poesia
Em poeira acordo
sem corda no motor BONEco
Para LISO
Crespo em sobe e desce
DESCE, desce, afunda, funda
CHão

quinta-feira, 14 de março de 2013

Algumas pessoas te amam

Sim, algumas pessoas te amam
E você
Sabe

Sente
Gosta
Cheira
Toca
Sucumbe
Responde
Investe
Perdoa
Esmaga
Abraça
Telefona
Escreve
Chama
Grita
Briga
Entrega
Recebe

Espera
Crê
Libera
Ama
Sim, algumas pessoas te amam
E você
Amaria
Não houvesse 
O amor

domingo, 3 de março de 2013

Um pouco de sol em minhas emoções

No fundo, no fundo mesmo, eu não esperava que aquele dia fosse tão diferente dos demais ou que me reservasse algo de especial e empolgador. Era tudo igual. O Marlboro Light era o mesmo. As bebidas lícitas eram as mesmas. As mesmas misturas de destilados e energético. Eu sabia que não podia consumir aquelas doses cavalares de adrenalina, endorfina, sei lá, estas "inas" da vida, mas queria ter a sensação de sentir o coração pulsando, gritando, vivendo, mesmo na certeza de ter amanhã, logo pela manhã, a ausência de todas as mesmas. É muito fácil mentir pra você mesmo. Não é mesmo?
As pessoas como sempre, gargalhavam, se abraçavam, juravam amor umas as outras com toda sorte de fidedignidade possível. Dava para ver o brilho no olhar de cada uma delas, certificando a verdade de seus dizeres. Sempre me pergunto o que tem de especial o álcool que a tudo traz luz. O sol deve ser um astro embriagado por tequila e vodca.
Por falar no sol, preciso retocar a maquiagem desta minha pele que empalidece na presença deste outono que me racha os tornozelos e resseca os cotovelos. Preciso de um pouco de sol em minhas emoções. E eu já havia dito isto pra você, mas como sempre, as minhas resoluções em relação à vida não fazem nenhum sentido pra você. Tampouco pra mim.
Por favor, sobre o que estávamos discursando mesmo? Sobre o que falávamos? Ah, já me lembrei: eu falava sobre os malefícios do tabaco.
O cigarro me deixa de mal humor. O cigarro traga a minha doçura, deixa o meu paladar agridoce, agri, seco, mas subscreve em minha língua as notas de sentimentalidades que só em um beijo eu poderia dizer. Um dia você pôde ler estas escrituras em Braile de minha língua. No verão você sempre se desaprende de mim.
Gente, a minha cabeça está girando feito aquelas rodas gigantes de festa de interior americano. Trezentos e sessenta graus de percurso para zero graus de sensação de prazer. Eu não rio, não raio, não roo. E todos riram. Mesmo assim, riram. 
Acordei de mau péssimo horrível e deplorável humor. Do mesmo jeito que fui dormir explodindo de lágrimas e maquiagens borradas. Mesmo? Então você escolhe pensar no amor e lembrar que um dia o mesmo valeu a pena. Mesmo? Mesmo sem pensar que sim.
Aí, tudo pode melhorar, mesmo sem o sol. Mesmo?

sexta-feira, 1 de março de 2013

E quando se acaba a fé?

Já não tinha as lágrimas pra despencar das janelas da vida. Coitado, nem palavras tinha. Tinha, era tudo o que possuía. Tinha, do verbo ter e não ter mais.
A tua mente era povoada por toda sorte de ensinamentos que a eficácia deveria produzir fé e esperança. Mas nota de falecimento: A esperança morreu. E em seu peito sepultou as montanhas que outrora se transportavam com as sementes de mostarda.
Será possível que você não percebe que nesta vida tudo muda? Será que ainda não conseguiu a capacidade de distinguir sonho da realidade? E o que é o real, realeza? Caia nela.
Como se pode envolver com algo tão antagônico a você? E não me venha com esta de que opostos se atraem. Pois os oposto se atraem, mas não se misturam. Assim é dentro de seu peito, sonhos que não se fundem à realidade de suas possibilidades. Na realidade, se confundem.
Você percebeu que tuas unhas dos pés voltaram a crescer? Estão tão grandes como estavam na semana passada quando cortei. Corte o mal pela raiz ou se arranhará o peito. Abandoe estes teus pés que não te caminham conquistas.