Três, dois, um
Avanço os ponteiros do relógio ao contrário
Só pra contrariar a deselegância do tempo
Rio dos oceanos que ele enxarca em nossas despedidas
E despeço de minha paz
Que me despedaça como porcelana que beija o chão
E multiplica os traços da memória
Em cacos que aos dedos ferem e sangram
Conto de trás pra frente outra vez
E acelero os batimentos desta máquina que em meu pulso pulsa você
Mas o tempo me distrai e ganha tempo para tua malícia produzir
O que se tem é a vontade de um dia todo paralisado
De conversas soltas e olhares presos no paradoxo da liberdade
Se pudesse escolher conversaria com a saudade
E educadamente a convidaria ao amor
A libertaria de nós dois
Mas a saudades tem saudades também
E o tempo não tem tempo para a ensinar o depois
"Só pra contrariar a deselegância do tempo."... Amei isso e o tudo disso. Beijo
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