quinta-feira, 17 de março de 2011

Sem reservas ou em stand-by

O que havia à minha frente era uma mapa político da Europa. Ao meu lado direito a Gabi e ao esquerdo o Pedro. Atrás simplesmente uma parede fria e de cor morta, não havia multidão, apenas um público que pseudo –intelectualmente se interessava pelo assunto de descaradamente eu resistia em conversar, mas no exato lugar onde me encontrava sentado, um mundo chamado pelo meu nome íntimo, um mundo quente e frenético me convidava gentilmente ao deleite de todasas minhas emoções e razões que não me emocionava num âmbito racional. Havia em mim um continente não delimitado pelas fronteiras de conquistas de guerras sociais. Havia em mim o meu eu desconhecido e inabitado por meus próprios pés. Havia em mim um complexo de simplicidades de idiomas, gramáticas, normas e paradigmas, folcks e culturas. Eu era um novo país, uma nova galáxia, um novo universo, era um mundo todo em torno do mundo imundo que me inundava minha pele negra, linda e fina.
Sem reservas prévias me permiti o sucumbir desta aventura, um cidadão estrangeiro à passeio turístico de meu próprio mundo.
Num momento imprevisto indaguei-me do que faria para aquela remota aula voltar e então, inconscientemente constatei pela dúvida que de maneira tímida, já esta ali.

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