De manhã ela chegou
Toda de branco e me tocou
Pro meu espanto recobriu minha solidão
Fez-se companhia, fez-se à mim
Fez melodia da flor de jasmim
Foi perfumando o travesseiro e coração
Dona neblina com sua calmaria cor branco nuvem
Veio dançando ao som do vento que vai e vem
Fez o meu bom dia em café forte e sem açucar
Adoçou o meu riso fino em beleza que a vida ofusca
sábado, 26 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Sem reservas ou em stand-by
O que havia à minha frente era uma mapa político da Europa. Ao meu lado direito a Gabi e ao esquerdo o Pedro. Atrás simplesmente uma parede fria e de cor morta, não havia multidão, apenas um público que pseudo –intelectualmente se interessava pelo assunto de descaradamente eu resistia em conversar, mas no exato lugar onde me encontrava sentado, um mundo chamado pelo meu nome íntimo, um mundo quente e frenético me convidava gentilmente ao deleite de todasas minhas emoções e razões que não me emocionava num âmbito racional. Havia em mim um continente não delimitado pelas fronteiras de conquistas de guerras sociais. Havia em mim o meu eu desconhecido e inabitado por meus próprios pés. Havia em mim um complexo de simplicidades de idiomas, gramáticas, normas e paradigmas, folcks e culturas. Eu era um novo país, uma nova galáxia, um novo universo, era um mundo todo em torno do mundo imundo que me inundava minha pele negra, linda e fina.
Sem reservas prévias me permiti o sucumbir desta aventura, um cidadão estrangeiro à passeio turístico de meu próprio mundo.
Num momento imprevisto indaguei-me do que faria para aquela remota aula voltar e então, inconscientemente constatei pela dúvida que de maneira tímida, já esta ali.
Sem reservas prévias me permiti o sucumbir desta aventura, um cidadão estrangeiro à passeio turístico de meu próprio mundo.
Num momento imprevisto indaguei-me do que faria para aquela remota aula voltar e então, inconscientemente constatei pela dúvida que de maneira tímida, já esta ali.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Um mais um
Ele desta vez não jurou que iria embora. Ele subiu para o quarto calado, calmo,na certeza de que seria a última afronta que os seus olhares impetuosos os atravessaria. Ela, porém calada encharcada por suor frio sabia que não era apenas um fim, mas um começo do que nunca imaginou viver, a perda.
A sua consciência também calada a sussurrava palavras de acusação e medo, mas ela permitiu dar voz as razões do coração e ao vê-lo descer o último degrau da escada vindo do com uma mochila, uma simples mochila de camping, olhando nos olhos pediu pra que ficasse junto à si e mais uma vez, porém com verdade disse a única palavra que não cabia naquele momento, ela disse o tal eu te amo. Ele francamente retrucou para que ela este amor guardasse consigo, pois seria a única companhia que teria como conforto na solidão. Ela gritou, gritou de amor em fúrias de ódio. Ela esperniou, esperniou com maturidade em engatinhares infantis. Ele, porém educamente pediu licença e deixando a chave de casa, partiu.
Assim que a porta delicadamente executou sua participação na cena, as lágrimas secaram em seu olhar, ela sofreu o tempo da despedida, mas ele não, nunca vi um homem adulto ser fazer criança sem parecer infantil, ele foi sincero, sou franco, foi honesto consigo mesmo, com suas emoções, suas razões, ele soube viver. Viveu o amor, viveu a dor, viveu a saída.
Naquela noite ele não dormiu, apenas fumou parte dos cigarros que comprou e em cada engasgo que tinha um atlântico fluia das janelas de sua alma. Naquela noite ela dormiu, e só nesta hora lembrou uma criança, seus Lexotan pusseram suas rebeldias e mal-criações de castigo, mas elas acordariam ao amanhecer ou ao tardar do entardecer. Assim foi, mas quando foi era a vida que havia ido, na certeza de perder o mais belo dos dois, a unidade no um mais um.
A sua consciência também calada a sussurrava palavras de acusação e medo, mas ela permitiu dar voz as razões do coração e ao vê-lo descer o último degrau da escada vindo do com uma mochila, uma simples mochila de camping, olhando nos olhos pediu pra que ficasse junto à si e mais uma vez, porém com verdade disse a única palavra que não cabia naquele momento, ela disse o tal eu te amo. Ele francamente retrucou para que ela este amor guardasse consigo, pois seria a única companhia que teria como conforto na solidão. Ela gritou, gritou de amor em fúrias de ódio. Ela esperniou, esperniou com maturidade em engatinhares infantis. Ele, porém educamente pediu licença e deixando a chave de casa, partiu.
Assim que a porta delicadamente executou sua participação na cena, as lágrimas secaram em seu olhar, ela sofreu o tempo da despedida, mas ele não, nunca vi um homem adulto ser fazer criança sem parecer infantil, ele foi sincero, sou franco, foi honesto consigo mesmo, com suas emoções, suas razões, ele soube viver. Viveu o amor, viveu a dor, viveu a saída.
Naquela noite ele não dormiu, apenas fumou parte dos cigarros que comprou e em cada engasgo que tinha um atlântico fluia das janelas de sua alma. Naquela noite ela dormiu, e só nesta hora lembrou uma criança, seus Lexotan pusseram suas rebeldias e mal-criações de castigo, mas elas acordariam ao amanhecer ou ao tardar do entardecer. Assim foi, mas quando foi era a vida que havia ido, na certeza de perder o mais belo dos dois, a unidade no um mais um.
terça-feira, 8 de março de 2011
À cenografia do Carnaval
De repente toda aquele tão presente arrogância deu lugar à dois belos olhos frágeis e melindrosos. Sua boca trêmula, quente, fria, adocicada pelo doce adistringente de um belo Cabernet Sauvignon clamava por salgado mar de suor que em segundos sabia que a inundaria, entorpeceria, irrigaria.
Ao som de Amy Winehouse, à cenografia do Carnaval, ao sucumbir de sua própria vontade se descobriu da hipócrita beleza de santidade e pureza e pela primeira vez se sentiu humana, na maior revelação que esta simples palavra pudesse sibilar. Se viu arisca, animal, anjo, social, se viu se olhar pelos mesmos olhos que por ano a embassou a comtemplação se sua própria face, se viu inocente, e se viu feliz.
Ao som de Amy Winehouse, à cenografia do Carnaval, ao sucumbir de sua própria vontade se descobriu da hipócrita beleza de santidade e pureza e pela primeira vez se sentiu humana, na maior revelação que esta simples palavra pudesse sibilar. Se viu arisca, animal, anjo, social, se viu se olhar pelos mesmos olhos que por ano a embassou a comtemplação se sua própria face, se viu inocente, e se viu feliz.
domingo, 6 de março de 2011
Gostos
Gosto de você
Digo nas entrelinhas,
Digo nas fantasias
Nego na consciência de andar
Gosto de você
Não em todos instantes
Só em temas relevantes
Gosto de gostar gostar
Como o pão de açucar que eu como pela manhã
Como a vitamina que preparo, leite e maça
Como ar que respiro ou sol que me aquece
Como pensar que respiro ou calor que intorpece
Como o acordar depois de um sonho
E não despertar...
Digo nas entrelinhas,
Digo nas fantasias
Nego na consciência de andar
Gosto de você
Não em todos instantes
Só em temas relevantes
Gosto de gostar gostar
Como o pão de açucar que eu como pela manhã
Como a vitamina que preparo, leite e maça
Como ar que respiro ou sol que me aquece
Como pensar que respiro ou calor que intorpece
Como o acordar depois de um sonho
E não despertar...
Assinar:
Postagens (Atom)