terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fenômeno emotivo-físico

Acalmem-se e dê-me uns segundos de respiração, preciso resgatar o meu ar perdido. Sinto como se o meu pulmão estivesse travado seus movimentos em sua última inspiração e o que estava inspirado, de fato, era o meu coração. Eu senti seu reflexo rasgando minhas íris e dominando minha pupila, vi minhas meninas serem violentadas por tua chegada. Um mundo de vulcão se avolumou em minha pele, tive calor, tive frio e a temperatura externa eu sabia que era a mesma, eu tinha a razão de que o mundo não parava para assistir o meu fenômeno, mas incrivelmente eu o sentia ruir e os meus pés desfalecerem. Minha carne se consumia como gelatina fora de geladeira e os meus ossos arquitetavam minha queda e eu cai. Cai de um, cai de meio, cai sozinho.

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