Eu sai... Sem ao menos ter entrado em relação, sai. Despir-me das armaduras que atavam o meu peito de toda insegurança que a própria paixão reserva às cócegas das emoções. Me vi nua ao me ver descoberta por mim mesma.
De repente as náuseas de tanto girar nos trezentos e sessenta graus da roda gigante se desenhou nos cento e oitenta graus de refluxos de intenções que sabia que sentia, mas ressentia pressentir. Mentir pra mim?
Como construir as paixões se nego-me aos compromissos de sustentar a casa? Fique mudo. Fique na tua. Fique com ela. Ela, as tuas também seguranças.
Eu nem sei o que quero ou o que esperava das coisas que sabia. Queria apenas deixar ser, o rio correr e o álcool me inventar estabilidades, mas me esqueci que a vida tem sina em ser traiçoeira. E hoje ela gargalha de mim. Tira sarro dos olhares maduros que pra ela ensaiei. Ah, se tivesse sido pelo menos um sarro, mas foi o que nunca chegou a ser.
Puta que pariu, já são oito horas da manhã e ainda não se desfez em minha memória as sensações desta madrugada. AH, se eu pudesse inventar carochinhas para o meu coração e disfarçar suas fantasias. Este besta músculo pensa que já está malhado e definido à me enganar. Ele está. Quem nunca esteve foi você e minha consciência que me cobriu de mim.
Mas acalme-se, menino. Não turbe o teu cabeça com o gozo que sufocará tuas vias. Deixe o teu prazer fluir e e viva mais esta noite. E viva outras mais e outras além das outras. O combinado foi feito e o trato aceito. Te tratei e nos tratamos. Nos movimentamos e nos atropelamos. Nos. Nós. Nunca nus. Sempre revestidos dos pensamentos. Todavia a paixão é como um mítico deus. E quando quer nos toma todo o pensamento, assim só nos resta o poderoso sentimento. Que mesmo sem poder nos ser, se é. Se faz. Se eu me apaixonar outra vez, eu esquecerei o pensar...
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