no tempo de deus
na sabedoria da deusa
na necessidade do homem
hoje choveu
pétalas desidratadas caíram
dos ecos de tuas palavras
vi uma dança solene
se coreografar em seu vazio
tantas promessas ao vento
tantas eternidades perpetuadas
quantos fins ensaiados
eu, como sempre, sertão
você, como nunca, busca
eu, numa sútil, erosão
você, na maestria da fuga
ontem e hoje choveu
em minhas lágrimas
oxítona do verão