boca frutada à romã
resseca meus anseios de um amanhã
despeço do que nem peço sã
entrego-me em intrigas vãs
me vou pagã
descreio das rosas que falam
visito os silêncios que gritam
nas turbinas na aeronave que me levam ao céu
e me distanciam deus
meu coração ama sem freio
o Rio de fevereiro anda arredio
a saudade me tole arrepios
clamando por paz guerreiro
me vou derradeiro
beleza à mesa devora o presente
abraços fecundados em corpos ausentes
em estilhaços de lua outrora crescente
espasmos adestrados, prepotentes
me vou rente
nesse frio hotel de terça
existe (eu) amor em SP
existe (eu) amor em SP
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