sábado, 11 de junho de 2016

No jogo do amor
Me jogo sem temer
No jogo do amor
Não há ganhar ou perder
Tampouco zero à zero

sexta-feira, 10 de junho de 2016

no beijo dela escondia-se 
a ardência das pimentas
e era esse ardor que temperava
a nossa carne inflamada de tesão
a gente é manancial
que não se acalma no fogo

                  Sir Val

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Os poros de minha pele transpiram as palavras doces de nossas juras. Cobre-me feito tecido fino o seu sal, formando ilhotas e por seguinte deserto. E ali, fora de mim, em mim habita a sede do rio que tu ministravas fluir, a fome de teus enganos propositais, a necessidade de orquestrar-me num reino que nunca fora real. E eu, tímida e enrugada, rio de mim sem qualquer som esboçar.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Estado solidificar

Meu amor,
Se fosse pelas palavras duras
Eu te teria ódio
Mas para um coração duro
Só me inspira a indiferença

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Flâmula

O meu corpo chama pelo teu
E eu me queimo
As marcas se latifundiam na alma
E na pele se funde o silêncio ao pavor
Sem medo me povoo
Distribuo os meus calafrios aos risos fúnebres 
Eu salivo tua fúria e defraudação 
Na língua esculpo minha intenção 
Para que se lembre as chamas de meu tecer
Teço minha trama fina
Maculo minha organza 
E me deito em camas frias
Acariciado das mãos de teus bacanais
Sou flâmula de voce 
Beijos de teus desaforos 
Sou desejo atraído por paixão  
Sou paixão sem carbono
Sou brisa fria