Valdemy estava deitado numa cama de casal descoberta dos lençóis com a perna esquerda trancafiada sob a direita. Essa tal era a única parte direita que se esculpia em seu corpo.
O ser conhecido pelos risos e pouca eloquência se debruçava entre pensamentos e outros que nada o permitia pensar. Eram pensados pensados para pensar e constituir razão. Não eram pensar sem querer. Era querer não pensar. Do verbo pensar veio o peso. Do peso o pesar. E deste apenas expresso meus pêsames. Descanse em paz a paz que desta vez não retornou e se tornou cansaço.
Mas não era sobre isso que queria falar. Eu queria era falar de Valdemy...
(Valdemy é um gnomo que conheci há dez mil anos atrás quando passeara pelas terras altas do Norte.)
Mas de Valdemy nunca ouvi falar...
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