eu te guardaria nas nuvens
lá não há pensamentos
te conjugaria nos vens
de onde nascem os ventos
eu te namoraria no silêncio
onde os olhos calam segredos
e nossos corpos tensos
nos acendem e falam em dedos
eu depilaria teu corpo
e nu te inscreveria o desejo
assim de um jeito ríspido, louco
eu te deixo, sem deixar
seja na Lapa
ou no reservado das giras
eu em ti oferenda
você em minha boca
tecendo rendas
às vezes você vira poeta
eu coleciono em ti rimas
para que o Rio aberta
pro Cristo
nos aproxima a cisma