terça-feira, 25 de março de 2025

DIAS CINZAS

E ficou por vários minutos parado na janela observando o movimento lento das pessoas que transitavam na rua. Sua vista privilegiada se estabelecia feito um mirante de observação fria de um sentinela. Não esboçava o que residia em sua mente. De seu olhar só se via o investimento da atenção. No mais, era uma ímpar neutralidade, estático movimento, frieza ríspida.
Dia cinza, por horas lavados pelas lágrimas do sol impedido pelas nuvens densas de sair. Os operários ainda trabalhavam disciplinados na obra da iluminação da quadra. Mas no bairro o que morava era a escuridão naquela quarta-feira. Por ser negro era triste?

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